Letting Go

Toda semana, por 12 semanas, criei uma obra de arte sem restrições, sem planejamento, sem pensar muito em sua conclusão. O material utilizado pode ter sido qualquer um, o tempo gasto nele pode ter sido qualquer um (contanto que caiba dentro da semana), a única regra é confiar e deixar fluir.

Meses atrás, descobri que tenho miomas. Meu útero tem cinco de tamanho significativo. Os sintomas que podem acompanhá-los quando ficam grandes têm invadido lentamente minha vida diária. A médica sugeriu que eu removesse meu útero, mas eu fiquei sem saber o que fazer. Não quero outra cirurgia! – foi o que eu continuei dizendo a mim mesmo, sabendo bem o que o caminho para da recuperação pode fazer com alguém. Eu já tive minha diversos deles com meus problemas de perda auditiva.

Desta vez, tinha a ver com a minha feminilidade – My Wombmanhood. Sem querer apenas ceder à ideia de ir direto para a cirurgia, em vez disso, pesquisei o que pude sobre soluções alternativas. Eu fiz o que eu acreditava ser o requisito mínimo para um caminho para uma saúde melhor. Mudei minha dieta, exercitei com mais frequência e comecei a meditar.

É assim que lido com as coisas quando os problemas surgem no meu caminho. Eu sou o tipo de pessoa de arregaças as mangas. Eu preciso de planos tangíveis. Eu preciso saber que posso cuidar disso. Tem que haver um jeito … sempre existe.

A busca por uma saúde melhor provou ser exaustiva e frustrante, e eu me senti derrotado e sobrecarregado pela quantidade de mulheres que sofrem com miomas e acabam tendo uma histerectomia.

Foi através da meditação, treinamento e terapia que eu lentamente descobri que estava tão focado em encontrar uma maneira de controlar essa massa invasiva dentro de mim, que nunca parei para realmente prestar atenção em mim. Eu percebi que é OK se sentir sem esperança e pedir orientação do Divino.

Se eu acredito que tudo o que acontece comigo, acontece por um motivo E isso me serve, então isso tem que se aplicar a tudo em minha vida, incluindo meus miomas.

Então, em vez da pergunta ser “Por que eu?” ou “Como posso consertar isso?” a questão mudou para “Como isso pode me servir?” ou “Qual é a mensagem que não estou prestando atenção?”

Em uma de minhas mais recentes meditações, pedi um sinal sobre o que devo fazer durante esses dias difíceis, e a mensagem que veio até mim foi: “Confie” e “Deixe ir”.

Isso me fez pensar por um tempo, porque é muito difícil deixar as coisas acontecerem. Eu passei por tantas dificuldades que minha reação imediata aos obstáculos é sempre descobrir uma maneira de superar o problema. Mas isso pode levar a perder o verdadeiro aprendizado.

Eu concluí que isso também se aplica a minha arte. Eu costumo ter uma visão tão forte de como eu quero que uma determinada peça se torne, que eu tenho dificuldade em me libertar em minha própria expressão e, na maioria das vezes, eu nem começo o projeto ou eu desisto dele no meio do caminho.

Assim, o exercício de “confiança” e “deixar ir” começou com a minha arte. Começou aqui, pelo tempo que foi preciso. Eu não soube ande me levaria, mas isso não importa. Simplesmente o aceitei completamente pelo que foi.

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